ABSTRACT
Violence becomes a matter to be discussed in the health-disease process, once it reaches the collective and individual health, requiring action and articulation of services. Suicide is the third leading cause of death in Brazil, however, these self-extermination attempts are not being successfully reported (under notified) and, sometimes, not even reported at all. This was a retrospective, cross-sectional study with a quantitative approach, to characterize the cases of self-extermination attempt in the emergency department of a university hospital. One-hundred and sixty two (162) medical records were included in self-extermination attempt cases, for the period of January 2008 to September 2013. Of the 162 analyzed records, 56.17% were women; 22.22% within the age group between 24 and 38 years old, average age of 34.5 years old; 53.09% single; 94.44% coming from Uberlândia; 39.51% occurred at night; frequency of 19.14% on Mondays; 24.68% of attempts in 2012. Abusive ingestion of medications in 34.07% of cases; 51.23% were brought to the hospital by the Fire Department; 35.83% had a mental disorder; 45.67% of the cases were the patient's first attempt; 39.42% of cases occurred after relationship conflicts ; 54.32% were discharged within 18 hours, on average, after care in the emergency room; 21.60% have returned because of a new attempt. The research was based on characterized attempts at self-extermination cases, with predominantly female, aged between 24 and 38, use of medication as an agent to act, with high recidivism among the female group. It is suggested research with longer periods and samples and analyzed by The National Policy for Reduction of Morbidity and Mortality by Accidents and Violence.
A violência se torna uma questão a ser discutida no processo saúde doença, uma vez que atinge a saúde coletiva e individual, exigindo atuação e articulação dos serviços. O suicídio é a 3ª causa de morte no Brasil, todavia os registros de tentativa de autoextermínio ainda são poucos divulgados ou subnotificados. Caracterizar os casos de tentativa de autoextermínio em um Pronto Socorro de um Hospital Universitário. Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal com abordagem quantitativa. Foram incluídos 162 prontuários com registro de tentativa de autoextermínio, referentes ao período de janeiro de 2008 a setembro de 2013. Dos 162 prontuários analisados, 56,17% eram do sexo feminino; 22,22% da faixa etária entre 24 e 38 anos, idade média de 34,5 anos; 53,09% solteiros; 94,44% procedentes de Uberlândia. 39,51% ocorreram no período noturno; frequência de 19,14% às segundas-feiras; 24,68% de tentativas em 2012. A ingestão de medicamentos foi utilizada em 34,07% dos casos; 51,23% chegaram através do Corpo de Bombeiros; 35,83% apresentavam algum transtorno mental; 45,67% dos casos eram primeira tentativa; 39,42% dos casos ocorreram após conflitos de relacionamento com o parceiro. 54,32% obtiveram alta após atendimento, com 18 horas, em média no Pronto Socorro; 21,60% retornaram por outra tentativa. A pesquisa caracterizou as tentativas de autoextermínio, com predominância do sexo feminino, faixa etária de 24 a 38 anos, com uso de medicamento como agente para o ato, com alta reincidência entre o grupo de indivíduos do sexo feminino. Sugere-se pesquisas com períodos e amostras maiores, e análise pela Política de Redução de Morbimortalidade por Violências e Acidentes.